Dicas para ensinar os numeros e tempo
Aqui em casa, a história de ensinar números e o tempo começou cedo. Quando a Bibi (7 anos) tinha apenas 2 aninhos e o Bobby (4 anos), ainda com seus 2 anos, começaram a se interessar por esses conceitos, eu e o Lucas ficamos empolgados. Na época, eu tinha aquela ideia de que “quanto antes começar, melhor”, e então começamos a introduzir números e o conceito de tempo aos poucos, de maneira bem lúdica.
Sabe aquela história de que criança aprende brincando? Pois é! Essa frase nunca fez tanto sentido quanto nos primeiros momentos em que começamos a ensinar esses dois conceitos tão importantes.
No caso da Bibi, a mais velha, tudo aconteceu de forma mais fácil e natural. Como ela sempre foi super curiosa e atenta, a Bibi começou a brincar com os números logo cedo, graças ao nosso envolvimento. Para ela, contar até 10 foi algo simples e logo depois, os números de 20, 30 e assim por diante. Ela gostava tanto de aprender que, para nós, parecia um jogo. Cada vez que eu colocava a Bibi no carro, por exemplo, começava a falar sobre números nas placas, no velocímetro, nas horas que faltavam para chegarmos à casa da vovó. Eu fazia perguntas como: “Quantos minutos faltam para chegarmos? Se a gente sair agora, será que conseguimos chegar antes das 5 horas?” E a Bibi, com aquele jeito de quem adora desafios, começou a entender rapidamente as noções de tempo.
Aos 6 anos, ela já sabia ler as horas no relógio analógico, o que me deixou bastante orgulhosa. Tudo com muita paciência, claro, porque a nossa ideia sempre foi a de que aprendizado não tem pressa, mas a curiosidade foi algo que incentivamos sempre. No caso da Bibi, a matemática e o tempo fluíam naturalmente, sem pressão.
Por outro lado, o Bobby, com seus 4 anos, foi uma história bem diferente. Ele sempre foi uma criança extrovertida, brincalhona e cheia de energia, mas menos focado quando o assunto era aprender os números e entender o tempo. Desde os 2 anos, ele já começava a contar, mas com um ritmo bem mais lento que o da Bibi. Tinha dias que ele simplesmente não queria saber de aprender números ou sobre horas. Era um grande desafio, mas não desistimos.
O Lucas, papai dedicado e bom de matemática, foi o responsável por dar aquele empurrãozinho que o Bobby precisava. Lembro de um dia em que estávamos jogando um jogo de tabuleiro, e o Lucas começou a introduzir os números de maneira divertida. Ele pedia ao Bobby para contar as casas do jogo, explicava que cada número representava uma quantidade e como isso estava relacionado ao tempo que passava enquanto jogávamos.
De tanto insistir de maneira leve e envolvente, o Bobby foi entendendo aos poucos. Não foi de uma hora para outra, mas com a paciência do Lucas e a constante presença nossa, ele começou a entender as horas e a associar os números a diferentes momentos do dia. Embora mais desafiador, o Bobby foi aprendendo de forma muito lúdica e natural.
Sempre digo que, para ensinar essas habilidades para os filhos, é fundamental a participação ativa dos pais, principalmente quando se trata de conceitos como números e tempo. E aqui em casa, o grande responsável por essa parte é o Lucas, o papai matemático.
O Lucas tem uma habilidade incrível de ensinar matemática de uma maneira que as crianças amam. Ele consegue tornar tudo mais divertido, mesmo em momentos que poderiam parecer chatos ou difíceis. Com ele, o Bobby começou a se interessar mais pelos conceitos de tempo, de uma forma que eu, com toda a minha boa vontade, não conseguiria. O Lucas usou uma abordagem super lúdica, com relógios de brinquedo, cartões de números, e até dinheiro de mentira para fazer o Bobby compreender as quantidades de forma mais intuitiva.
Além disso, o Lucas sempre foi de mostrar na prática. “Vamos ver que horas são e, enquanto isso, vamos tentar fazer a matemática com esses brinquedos!”, ele sempre dizia. Ele é o mestre em fazer jogos de números, transformar o tempo em uma brincadeira divertida. Esse tipo de envolvimento que o Lucas tem com os filhos, com paciência e alegria, fez toda a diferença.
Agora que te contei um pouquinho da nossa história, vou te dar algumas dicas de como você pode ensinar os números e o tempo para os seus filhos de maneira simples e divertida, como fizemos aqui em casa:
Uma ótima maneira de começar a ensinar os números para os pequenos é associando-os à rotina. No supermercado, ao contar produtos ou até mesmo no carro, fale sobre os números das placas e relógios. Cada momento do dia pode ser uma oportunidade de ensinar. O Lucas, por exemplo, usa muito o relógio de brinquedo para ensinar as horas para o Bobby, o que torna o aprendizado mais interativo.
A ideia aqui é transformar o aprendizado em jogo. Pode ser com brinquedos, cartas ou até mesmo com objetos do dia a dia. Como o Lucas fez com o Bobby, onde ele usava cartões de números e brincava de “adivinhar” a hora com relógios de brinquedo. Tudo isso de forma natural, sem pressa, sem cobrança.
Ensinar o tempo pode ser difícil no começo, mas se você usar relógios grandes, com números bem visíveis, os pequenos podem ir associando as horas aos acontecimentos do dia. Por exemplo, mostre como as horas se correlacionam com a hora do almoço, da escola ou do descanso.
Cada criança tem seu próprio ritmo de aprendizagem. A Bibi foi mais rápida, mas o Bobby precisou de mais tempo. O mais importante é não desistir. Se uma estratégia não funcionou, tente outra. O importante é manter a constância, sem pressa, sem pressão.
No final, o que ficou claro para nós aqui em casa é que o envolvimento da família faz toda a diferença. O Lucas, com sua paciência e jeito de ensinar, conseguiu ensinar ao Bobby os conceitos de números e horas de uma maneira divertida, sem pressa, de forma lúdica. A Bibi, por sua vez, seguiu o seu próprio ritmo, mas também teve sempre o apoio de todos nós.
Os dois começaram a ver os números e o tempo de uma forma bem mais natural. Hoje, tanto a Bibi quanto o Bobby se destacam não só nas aulas de matemática, mas em todas as atividades que envolvem o entendimento de tempo e número, com um amor pelo estudo que ficou ainda mais forte.
A chave disso tudo foi sempre transformar esses aprendizados em algo que fizesse sentido para eles, que fosse divertido, e o mais importante: que acontecesse de forma espontânea no nosso dia a dia.
Agora, me conta: Como você tem ensinado os números e o tempo para seus filhos? Quais estratégias funcionaram bem aí na sua casa? Eu adoraria saber o que você tem feito para tornar esse aprendizado divertido!
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